APLICAÇÃO DA FERRAMENTA EDI EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Thiago Marsal Farias
59 min readAug 19, 2021

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Trabalho de Conclusão de curso, apresentado à banca examinadora da União Dinâmica de Faculdades Cataratas — UDC, como requisito parcial para obtenção da Graduação de Bacharel em Sistemas de Informação sob a orientação do professor mestre Adélio de Souza Conter.

RESUMO

Com o crescimento constante da quantidade de informação, as empresas têm buscado o aperfeiçoamento e o gerenciamento do conhecimento com o objetivo de alcançar competitividade no mercado. Através da tecnologia elas procuram gerenciar toda informação gerada pelo seu negócio, objetivando agilidade, confiabilidade e redução de custos.

A procura por padrões de qualidade esta fazendo com que as empresas aperfeiçoem a forma de se relacionar, melhorando o fluxo de comunicação com os parceiros comerciais. Para aumentar a agilidade, confiabilidade e comunicação entre elas, a ferramenta EDI (Electronic Data Interchange) é uma boa opção para alcançar esses objetivos.

Esse trabalho tem como objetivo apresentar a EDI como ferramenta para melhorar a comunicação entre empresas, viabilizando agilidade na comunicação, rastreabilidade, qualidade nos produtos, redução de custo e integração com a cadeia logística.

Palavras-Chave: Integração de Sistemas, Tecnologia de Identificação com EDI.

ABSTRACT

With the constant growth of information, companies have been looking for improvement and information management to find competitiveness in the market. The companies through information technology are looking to manage all information generated by their business which brings speed, reliability, and cost reduction.

The search for quality standards is every day making companies improve the way they relate, improving the workflow of communication between trading partners. To increase the agility, reliability, and communication among them, the Electronic Data Interchange — EDI is a good option to achieve these goals.

This paper aims to provide technology to improve communication between companies in a supply chain, enabling flexibility in communication, traceability and product quality, cost reduction, and integration with the supply chain by EDI.

Keywords: Systems Integration, Technologies of identification with EDI.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ANSI ASC X12 — American National Standards Institute Accredited Standards Committee (Instituto Nacional Americano de Padrões Comitê Credenciado de Padrões).

CR — Continuous Replenishment (Reposição Contínua).

CRM — Customer Relationship Management (Gerenciamento de Relacionamento de Cliente).

EDI — Electronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).

EDIFACT — Electronic Data Interchange for Administration Commerce and Transport (Intercâmbio Eletrônico de Dados para Administração do Comércio e Transporte).

EAN — International Article Numbering Association (Associação Internacional de Automação Comercial).

EANBRASIL — Associação Brasileira de Automação Comercial.

ECR — Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente ao Consumidor).

ERP — Enterprise Resources Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).

GLN — Global Location Number (Número Global de Localização).

GTIN — Global Trade Item Number (Número Global para Identificação de Itens).

GTDI — Guidelines for Trade Data Interchange (Orientações para Transferência Eletrônica de Dados).

HTTP — Hypertext Transport Protocol (Protocolo de Transporte de Hipertexto).

JIT — Just in Time (em Tempo Real).

LACES — London Airport Cargo EDP Scheme.

EFT — Transferência de Fundos Eletrônicos.

NBR — Norma Brasileira.

ONU — Organização das Nações Unidas.

QR — Quick Response (Resposta Rápida).

SCM — Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos).

SI — Sistemas de Informação.

TDCC — Transportation Data Coordinating Committee (Comitê de Coordenação de Transporte de Dados).

TED — Transferência Eletrônica Disponível.

UCC — Uniform Code Council (Conselho de Código Único).

UNECE — Nações Unidas para Europa.

UN/EDIFACT — United Nations/Electronic Data Interchange For Administration Commerce and Transport (União Nacional/Intercâmbio Eletrônico de Dados para Administração do Comércio e Transporte).

VAN — Value Added Network (Rede de Valor Agregado).

VPN — Virtual Private Network (Rede Virtual Privada).

XML — Extensible Markup Language (Linguagem Extensível de Marcação).

1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

O rápido crescimento no fluxo das informações nas empresas e, o aumento do uso de tecnologia da informação entre as instituições, fez com que elas se preocupassem em gerir toda essa informação de forma padronizada, aprimorando assim seus processos e também garantindo uma diminuição nos seus custos.

A competitividade entre as empresas pode ser aumentada pela agilidade e confiabilidade da comunicação eletrônica. Através da sofisticação dos sistemas e aumento da segurança na transmissão de dados eletrônicos entre empresas, favorecida com o uso da internet, o intercâmbio eletrônico de dados EDI (Electronic Data Interchange), surge como ferramenta para alcançar vantagem competitiva entre empresas de diversos ramos de atividades e variados seguimentos de mercado. Esta ferramenta é capaz de integrar as empresas, padronizando seus fluxos de informações e apresentando resultados positivos.

Tendo em vista a grande utilização pelos diversos seguimentos de mercado, por exemplo, auto peças, alimentícios, varejista, atacadista e manufatureiro. O intercâmbio eletrônico de dados trouxe uma série de benefícios, que serão explanados, permitindo a rápida transferência de informações e aumentando o poder de decisão devido à qualidade das informações processadas (PORTO et al., 2000).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar a ferramenta EDI e fazer um estudo do seu conceito e arquitetura, objetivando sua utilização na integração de sistemas de informações entre empresas.

1.2.2 Objetivos Específicos

  • Apresentar Sistemas de Informação;
  • Conceituar a EDI - Intercâmbio Eletrônico de Dados e contextualizar sua estrutura;
  • Mostrar integração de sistemas de informação através do EDI;
  • Analisar tecnologia de identificação e aplicação em EDI;
  • Expor as vantagens no uso do EDI entre empresas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo Porto et al. (2000), a EDI aparece como uma ferramenta capaz de aperfeiçoar o relacionamento entre empresas, podendo ser definido como um fluxo eletrônico e padronizado de dados entre empresas, que permite melhorar os resultados tanto em termos operacionais quanto estratégicos.

Através da EDI pode-se alcançar uma melhora na comunicação entre empresas parceiras, de modo que o fluxo de informação se torne dinâmico, rápido, eficiente, econômico e proporcione as empresas uma redução nos custos.

A EDI foi desenvolvida para facilitar a troca de documentos eletrônicos e, pode ser considerado como uma das principais ferramentas utilizada pelas empresas para estenderem eletronicamente seus negócios, com uma rede de computadores entre seus clientes e fornecedores utilizando o intercâmbio eletrônico de dados (COLCHER e VALLE, 2000).

1.4 METODOLOGIA

Foi utilizado neste trabalho de pesquisa bibliográfica com embasamento teórico específico na área de Sistemas de Informação, buscando conteúdo sobre Intercâmbio Eletrônico de Dados e aplicação na integração de Sistemas de Informação.

Esta pesquisa foi dividida em duas etapas: a primeira constitui na procura por temas relacionados a intercâmbio eletrônico de dados, sistemas de informações, troca de dados eletrônicos, transferência eletrônica de dados e ferramenta pra integração de sistemas. Na segunda foram estabelecidos dois critérios para refinar os resultados: a abrangência temporal dos estudos definida entre os anos de 1997 a 2010 e, o idioma, textos em português e inglês.

As buscas foram feitas também por meio das palavras encontradas nos títulos e nos resumos dos artigos. Cabe ressaltar que a pesquisa foi realizada entre o período de janeiro de 2009 a junho de 2010, de conformidade com o assunto proposto, sendo descartados os estudos que não apresentaram objetivos correlacionados ao tema deste trabalho.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em sete capítulos:

O primeiro capítulo expões as principais informações relacionadas a este trabalho, à introdução e os objetivos específicos e gerais.

No segundo capítulo são apresentados os principais conceitos sobre Sistemas de Informação e sua estrutura.

Já no terceiro capítulo serão apresentados os principais conceitos da EDI - Intercâmbio Eletrônico de Dados, meios de comunicação e exemplos de padrões.

O quarto capítulo apresenta três sistemas de informação sendo: ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e SCM (Supply Chain Management) e juntamente com eles algumas das ferramentas para integração com a EDI.

Logo, no quinto capítulo será analisada uma tecnologia de identificação chamada de código de barras e sua aplicação na EDI, expondo as vantagens na utilização entre empresas.

O sexto capítulo é composto pela conclusão e indicação de trabalhos futuros.

Por fim o sétimo capítulo apresenta as referências bibliográficas.

2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - SI

Sistemas e tecnologia da informação podem ser considerados como uma peça fundamental para alcançar o sucesso empresarial e organizacional. Portanto, possuir dados, saber que possui informações disponíveis e saber extrair conhecimento destas informações, gera enorme vantagem competitiva.

No entanto, os sistemas de informação possibilitam um maior e melhor rendimento através da tecnologia e regras definidas, onde apontam resultados desejados atribuídos pelas variáveis estabelecidas.

Segundo Laudon e Laudon (2007), tecnologia da informação (TI), define-se como todo software e hardware que uma empresa necessita para atingir seus objetivos organizacionais, isso incluem computadores, drives, e também softwares como, por exemplo, os sistemas operacionais Windows ou Linux, Microsoft Office entre vários outros softwares. Entretanto, SI (Sistemas de Informação) se tornam mais complexos de serem compreendidos, eles devem ser analisados tanto da perspectiva tecnológica quanto da organizacional.

2.1 CONCEITOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Na visão de Laudon e Laudon (2007) e Stair e Reynolds (2010), sistemas de informação podem ser definidos como sendo um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações, que destinam a apoiar na tomada de decisões, coordenação e controle de uma organização e, além disso, esses sistemas também auxiliam os gerentes e colaboradores na análise de problemas, visualização de assuntos complexos e na criação de novos produtos.

Os sistemas de informação definem-se como sendo um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informação em uma organização como mostra a figura 1 (O’BRIEN, 2004 e TURBAN et al., 2007).

Figura 1 - Componentes básicos de um Sistema de Informação

Fonte: adaptado de (O’BRIEN, 2004)

Segundo Turban et al. (2007) e Stair e Reynolds (2010), os componentes básicos dos sistemas de informação são definidos como:

  • Hardware: é um componente físico, como por exemplo, processador, monitor, teclado e impressoras. Juntos, esses dispositivos recebem dados e informações, os processam e os exibem;
  • Procedimentos: é um conjunto de instruções sobre como combinar todos os componentes para processar informações e gerar a saída desejada;
  • Redes: é uma rede de conexão com ou sem fio, onde permite que diferentes computadores compartilhem informações;
  • Banco de Dados: um banco de dados é uma coleção de arquivos ou tabelas relacionadas contendo dados;
  • Pessoas: são os indivíduos que utilizam tanto o hardware quanto o software, interagem com eles ou se utilizam da sua saída;
  • Software: é um programa ou conjunto de programas que permite que o hardware processe os dados.

Existem três atividades em um SI que produzem as informações que as organizações necessitam para tomar decisões, controlar operações, analisar problemas e criar novos produtos ou serviços. Segundo Stair e Reynolds (2010), essas atividades são definidas como entrada, processamento e saída ou do ponto de vista de Turban et al. (2004), entrada, controle e saída, como mostra a figura 2.

Figura 2 - Funções de um Sistema de Informação

Fonte: adaptado de (TURBAN et al., 2004)

A entrada (ou input) captura ou coleta dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O controle converte os dados brutos em uma forma mais significativa, ou seja, auxilia os gestores na tomada de decisões por meio de resultados apontados (LAUDON e LAUDON, 2007) e (TURBAN et al., 2004).

A saída (ou output) transfere as informações processadas às pessoas que as utilizam ou às atividades pelas quais elas serão aplicadas. No entanto, os SI também requer um feedback, onde através da saída gerada a determinados membros da organização, irão ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de entrada (LAUDON e LAUDON, 2007) e (TURBAN et al., 2004).

2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Em uma organização existem diferentes departamentos, por exemplo, contabilidade, finanças, gerenciamento de produção/operação, marketing e recursos humanos. No entanto, existem também vários tipos de SI, onde cada um deles se classifica de acordo com a sua forma de utilização e o tipo de retorno dado ao processo de tomada de decisões.

Segundo O`Brien (2004), tipos de SI podem ser classificados conceitualmente ora como operações, ora como sistemas de informação gerencial. Também são classificados de forma a enfatizar os papéis principais onde cada um desempenha nas operações e administração de uma organização.

Para Rezende (2008), SI pode ser classificado de diversas formas, onde nelas tendem contribuir para as atividades de planejamento, desenvolvimento ou aquisição de soluções para a organização. No que se diz critério de suporte a decisões, a classificação dos SI podem ser: operacional, gerencial e estratégico.

No entanto, Laudon e Laudon (2007) explicam que para diferentes interesses, especializações e níveis dentro de uma organização, existem também diferentes tipos de SI, exemplo disso são: sistemas para conduzir campanhas de e-mail, monitorar os anúncios publicados no Google, monitorar as transações básicas de vendas, sistema para gerenciar fornecedores e assim por diante.

Difícil compreender todos os sistemas presente em uma organização e, ainda mais difícil entender como eles se inter-relacionam. Portanto, será aclarada essa complexa situação analisando os diferentes sistemas de informação.

Analisando o modelo convencional de SI, onde a ênfase está nos tipos (operacional, gerencial e estratégico) listados abaixo, veremos que eles atribuem uma relação de interdependências entre os níveis dos sistemas, níveis ou tipos das informações e níveis hierárquicos, como por exemplo, corpo técnico, corpo gestor e alta administração.

2.2.1 Sistemas de Informação Operacional - SIO

É responsável pelo processamento de operações e transações rotineiras e cotidianas, incluindo seus próprios procedimentos. Incumbido também por controlar os dados detalhados das operações e funções organizacionais, garantindo o funcionamento harmônico da organização, também auxilia a tomada de decisões de corpo técnico ou operacional das unidades departamentais.

As informações são apresentadas no melhor nível, ou seja, analítica, detalhada e apresentada no tempo adequado (REZENDE, 2008).

De forma simples, o papel do SIO é processar transações eficientes, controlar processos industriais, apoiar comunicações e colaboração e atualizar bancos de dados da empresa (O’BRIEN, 2004).

2.2.2 Sistemas de Informação Gerencial - SIG

São responsáveis por resumir dados e preparar relatórios, principalmente para o corpo gestor. Esses relatórios geralmente se referem a uma área funcional específica, no entanto, eles são um tipo importante de SI de área funcional (Turban et al., 2007).

De acordo com Rezende (2008), eles são encarregados do processamento de grupos de dados das operações e transações operacionais, transformando-os em informações agrupadas para gestão. Eles trabalham com dados resumidos das operações e funções organizacionais auxiliando na tomada de decisões do corpo gestor.

2.2.3 Sistemas de Informação Estratégico - SIE

Eles podem fornecer conselho especializado para tarefas operacionais, como diagnóstico de equipamentos ou decisões gerenciais, como administração de carteiras de empréstimos. Também são conhecidos como sistemas baseados no conhecimento e fornecem conselho especializado e funcionam para os usuários como consultores e especialistas (O’BRIEN, 2004).

Na visão de Rezende (2008), eles são capazes de fazer o processamento de grupos de dados das atividades operacionais e transações gerenciais, transformando-os em informações estratégicas. Ele visa auxiliar no processo de tomada de decisões da alta administração da organização.

2.3 ESTRUTURA

As organizações utilizam vários tipos diferentes de SI, a figura 3 mostra no topo da pirâmide os diferentes tipos de SI dentro da organização. Entretanto, na figura 4 são mostrados diferentes tipos de SI entre organizações, que serão apresentados no capítulo 4.

Figura 3 - Tecnologia da Informação dentro da Organização

Fonte: (TURBAN et al., 2007)

Figura 4 - Tecnologia da Informação fora da organização (Cadeia de Suprimentos)

Fonte: (TURBAN et al., 2007)

Segundo Turban et al. (2007), a base de um SI consiste na infra-estrutura de TI, onde nela incide instalações físicas de componentes, serviços e pessoal onde prestam suporte à organização.

Analisando a figura 3 da parte inferior, veja que os componentes de TI são o hardware, software e as tecnologias de comunicação que proporcionam a base de todos os SI da organização. No quadro acima, perceba que o pessoal de TI utiliza seus componentes para prestarem serviços que são: gerenciamento de dados, gerenciamento da segurança e do risco e desenvolvimento de sistemas.

Cada departamento ou área funcional dentro da organização possui seu próprio SI, esses sistemas de informação departamental ou sistema de informação de área funcional, estão localizados no alto da figura 3. Todos os SI são responsáveis por apoiar uma área funcional específica na organização, como por exemplo, SI de contabilidade, SI de finanças, SI de gerenciamento de produção/operação (GPO), SI de marketing e SI de recursos humanos (TURBAN et al., 2007).

Ainda abaixo do SI da área funcional (SIG, SAE), encontra-se dois Sistemas de Informação que apóiam a organização como um todo, sendo os sistemas de planejamento de recursos empresariais e os sistemas de processamento de transações.

Segundo Turban et al. (2007), o ERP (Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais) é delineado para corrigir um problema dentro do SI da área funcional. O ERP foi uma importante novidade, visto que os diversos SI da área funcional se quer eram desenvolvidos como sistemas independentes e não se comunicavam uns com os outros, no entanto o ERP veio resolver essa dificuldade através da integração que será tratada no próximo capítulo.

O SPT (Sistema de Processamento de Transações) ampara o monitoramento, coleta, armazenamento e o processamento de dados das transações comerciais básicas da organização, gerando dados, por exemplo, quando você está em um caixa do Wal-Mart, cada vez que passa um item pelo leitor de código de barras, isso é uma transação. Portanto, o SPT angaria dados em tempo real e forneceria os mesmos para sistemas corporativos utilizando a ferramenta EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados) (TURBAN et al., 2007).

No entanto, este processo de coleta e troca de informação entre os sistemas de uma cadeia de suprimentos ou parceiros comerciais, gera informação sobre seus negócios podendo através delas alcançar competitividade no mercado em geral. No próximo capítulo será abordado sobre uma ferramenta que auxilia os sistemas de informação na troca eletrônica de informações.

Os sistemas de informação interorganizacional se conectam com duas ou mais organizações e apóia muitas operações interorganizacionais onde as mais conhecidas é o gerenciamento da cadeia de suprimentos como mostra a figura 4 (LAUDON e LAUDON, 2007).

Segundo Stair e Reynolds (2010) o gerenciamento da cadeia de suprimentos de uma organização descreve o fluxo de matérias, informações, dinheiro e serviços, desde o suprimento de matéria-prima, passando pela fábrica e depósito, até o consumidor final.

Na visão de Turban et al., (2007), os sistemas de comércio eletrônico é outro tipo de sistemas de informações interorganizacional. Através dele é possível realizar transações chamadas de comércio eletrônico de empresa-a-empresa (business-to-business - B2B) e empresa-a-consumidor (business-to-consumer - B2C), conforme mostrado na figura 4.

Entretanto, a ferramenta EDI pode ser um diferencial para o comércio eletrônico B2B na cadeia de suprimentos, onde através dele é possível controlar o fluxo de informação entre organizações de forma pratica e eficiente.

3. INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS - EDI

A EDI (Electronic Data Interchange) é uma ferramenta para utilização da troca eletrônica de dados através de um sistema de informação entre duas ou mais organizações, de maneira que essas informações sejam transmitidas de forma padronizada e possam ser interpretadas pelos sistemas correlacionados. A EDI tem como principal objetivo a substituição do fluxo de papéis entre empresas, aumentando assim o desempenho nos processos e reduzindo custos (PRATES e GALLÃO, 2007).

3.1 HISTÓRICO

O intercâmbio eletrônico de dados surgiu no final dos anos 60, pela necessidade e aprimorar o fluxo de informação e diminuir o volume de papéis utilizados pelas empresas (YADAV, 2007).

Segundo Ladeira et al. (2006), a indústria norte-americana formada pelos seguimentos de mercado dos transportes fluviais, aéreos e terrestres, foi responsável pelo surgimento da EDI. Foi através da necessidade de melhorar a comunicação entre empresas que, a indústria teve como objetivo desenvolver um software que viesse a melhorar a comunicação e eliminar todo o volume de papel utilizado, onde extinguisse o retardo nos processos de comunicação entre os parceiros.

A partir daí deu-se origem ao primeiro Comitê de Coordenação de Transporte de Dados TDCC (Transportation Data Coordinating Committee). Esse comitê foi publicado em 1975. Posteriormente, visando à necessidade de criar uma maneira para que essas transações de dados pudessem ser interpretadas de forma clara e fácil, foi criado um dos primeiros padrões da EDI, chamado de ANSI ASC X12, montado em 1979 baseado no desenvolvimento do TDCC (HSIEH e LIN, 2004 apud LADEIRA et al., 2006).

Segundo Yadav (2007, p.4), no período dos anos 70, o Ministério Britânico, por sua vez com assistência da (SITPRO - the British Simplification of Trade Procedures Board), também estava desenvolvendo seus próprios padrões de documentos eletrônicos, chamado de Tradacoms. Porém, este se referia a um padrão embasado no comércio Europeu, e, em seguida foram prorrogados pela comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) que a partir daí ficou conhecida como (Guidelines for Trade Data Interchange - GTDI).

No início da década de 70, foi através da empresa LACES (London Airport Cargo EDP Scheme), responsável pelo sistema para fretes no aeroporto de Heathrow em Londres, que o primeiro caso de sucesso no uso da EDI como uma ferramenta de intercâmbio de dados deu origem (BITTAR e LIMA, 1997).

Na visão de Bittar e Lima (1997), uma empresa considerada pioneira na utilização da EDI é a Chrysler onde por volta dos anos 80, iniciou um plano de redução de custos, com isso fazendo com que vários parceiros de negócios compartilhassem informações através da EDI.

Segundo Florida (2009), em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos em várias empresas de diferentes seguimentos, comparando a troca de mensagem através de papel e EDI, entre 1999 a 2010 conforme ilustra a figura 5, pode-se observar que entre os anos de 1999 e 2000, somente 22% das empresas trocavam mensagem através da EDI.

Contudo, dez anos após, esse número cresceu para 95,10% como mostra a figura 6, ou seja, nos dias atuais esse número é significativo e, as empresas buscam a cada dia melhorar sua comunicação e reduzir custo. A EDI vem como ferramenta para suprir essas necessidades.

Figura 5 - Papel x EDI

Fonte: (FLORIDA, 2009)

Figura 6 - Utilização da EDI x Papel

Fonte: (FLORIDA, 2009)

Assim a EDI apresentou-se como uma ferramenta para revolucionar a forma de cliente e fornecedor se relacionar, estreitando suas relações e buscando aprimorar conhecimento, deixando a preocupação com os processos mecânicos, onde a EDI auxilia automatizando os processos (LADEIRA et al., 2006).

3.2 CONCEITOS DO INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS

A EDI surgiu como um diferencial positivo trazendo mudanças na maneira de realizar negócios no mundo inteiro, através de um sistema de informação entre duas ou mais organizações, fazendo a integração desses sistemas para a troca de mensagens.

Segundo Porto (2000), através do uso da EDI é possível buscar um equilíbrio positivo entre a qualidade de seus produtos e serviços e as necessidades específicas dos diversos parceiros comerciais que se utilizam do mesmo sistema.

Segundo a EANBRASIL (2004), Associação Brasileira de Automação Comercial, empresa que está encarregada através de um Decreto Federal número 90.595, de 29 de Novembro de 1984.

Art. 1o Fica criado o Sistema de Codificação Nacional de Produtos, e definido o Padrão Internacional EAN, para todo Território Nacional. Parágrafo Único — A codificação nacional de produtos de que trata este artigo, visa a identificação de produtos, por equipamentos de automação, nas operações do Comércio, no Mercado Interno.

De orientar a implantação de código nacional de produto no país, ou seja, o código de barras e a padronização para a EDI. A EDI funciona como uma ferramenta para efetuar a transmissão automática de informações comerciais entre sistemas de informações, onde todos os documentos utilizados pelas empresas são transformados em forma de mensagens a serem transmitidas adequadamente pelos meios eletrônicos, entre aplicações de sistemas de informações utilizados entre cliente e fornecedor ou até mesmo pelos parceiros comerciais.

A mensagem EDI consiste em seguimentos de cabeçalhos e, através deste procedimento é construída a estrutura da mensagem, a tabela 1 mostra os principais cabeçalhos para mensagens EDI.

Tabela 1 - Sintaxe de mensagem EDI

Fonte: adaptado de (COLCHER e VALLE, 2000)

Segundo Turban et al. (2007), a mensagem EDI é construída ou convertida através de um conversor chamado de tradutor, para ser enviada através da VAN - Rede de Valor Agregado ou VPN - Rede Virtual Privada.

Segundo Jilovec (2004), a mensagem EDI é interpretada pelo software EDI e transformada em um arquivo de texto no formato padrão adotado pela empresa como mostra o item 3.3.

No ponto de vista de Turban et al. (2007), os principais componentes da EDI são:

  • Tradutores de EDI: um tradutor de EDI converte dados para um formato padrão antes de serem transmitidos;
  • Mensagens de transações comerciais: a EDI transfere, principalmente, mensagens sobre transações comerciais repetitivas. Essas transações incluem ordens de compra, fatura, aprovações de crédito, avisos de entrega e confirmações;
  • Padrões de formatação de dados: como as mensagens de EDI são repetitivas, faz sentido usar padrões de formatação (codificação).

Segundo Ferreira e Silveira (2007), a EDI é uma ferramenta que origina a redução de papéis e burocracia, trazendo maior eficácia e agilidade. O fato de trocar dados eletronicamente simplifica bastante os processos, tornando-os mais baratos e seguros.

A EDI oferece muitos benefícios em comparação com um sistema de entrega manual. Através da EDI é possível minimizar os erros de entrada de dados, pois cada entrada é verificada pelo computador, além disso, o tamanho da mensagem pode ser menor e também ser protegida, também diminui o tempo do ciclo, aumenta a produtividade e elimina o armazenamento de papel (TURBAN et al., 2007).

No ponto de vista de Rodrigues (2005) e Turban et al. (2007), existem duas formas pelas quais as informações fluem no mundo dos negócios conforme ilustra a figura 7:

  1. Sem EDI: que diferem nas mensagens, fax, e-mail, memorandos e até mesmo através de cartas;
  2. Com EDI: onde são definidas pelos pedidos de compras, aviso de despacho, faturas e pagamentos, extratos financeiros, escala de entrega, avisos de embarque e dados de nota fiscal eletrônica.

Figura 7 - Métodos para Intercâmbio Eletrônico de Dados

Fonte: (TURBAN et al., 2007)

Portanto, à medida que a empresa opta por utilizar um processo sem EDI, ela estará tendo um esforço excessivo gerando um alto nível de retrabalho, conferência dos formulários a serem enviados as empresas parceiras e o custo gerado será elevado, ao contrário de um envio de mensagem eletrônica através das mensagens estruturadas.

Segundo Giehl (2005), a EDI funciona como sendo um sistema intermediário entre o ERP (Enterprise Resources Planning), CRM (Customer Relationship Management) e o SCM (Supply Chain Management), fazendo o envio de mensagens eletrônicas para todos de uma cadeia de suprimento, controlando o fluxo físico de produtos, para trocarem informações pertinentes seus negócios como mostra a figura 8, trazendo vários benefícios que serão explanados no item 3.5.

Figura 8 - Intercâmbio Eletrônico de Dados - EDI

Fonte: (GOL, 2005 apud GIEHL, 2005)

Um dos benefícios em se ter a EDI como um sistema intermediário como supra descrito, é que os produtos podem ser controlados através de códigos de barras, possibilitando seu controle dês da aquisição da matéria-prima até o consumidor final, através do código EAN.UCC, trazendo maior segurança e agilidade para os negócios. O conceito de códigos de barras e seus respectivos benefícios serão apresentados no capítulo 5 (EANBRASIL, 2004).

Entretanto, na medida em que os sistemas EDI vão se comunicando e o nível de informação aumenta, é importante que um padrão para troca de mensagens seja definido, por exemplo, seria caótico existir 100 padrões para troca de mensagens para alcançar um só objetivo que é enviar e receber uma mensagem, portanto existe a necessidade de adoção de um padrão universal.

3.3 PADRONIZAÇÃO

Segundo Bittar e Lima (1997), dois padrões para EDI tem sido muito utilizado em países como EUA e Europa, como mostra a figura 9, atendendo somente os padrões dos seus respectivos mercados internos.

Figura 9 - Padrões EDI

Fonte: (APEDI, 200X)

À medida que a EDI se expandiu internacionalmente, padrões para troca de mensagens se fizeram necessários. Esses padrões surgem para fazer uma conciliação dos padrões nacionais para uma unificação universal, ou seja, as organizações internacionais trabalham para unificar esses padrões para simplificar o intercâmbio de informações.

Segundo EANBRASIL (2004), padrões como UN/EDIFACT para troca de mensagens ou documentos eletrônicos, tornam-se importante para fazer com que as informações sejam entregues aos sistemas de informações das empresas de vários países e possam ser interpretadas sem auxílio ou interferência humana. Atribuindo às pessoas que utilizam a EDI somente o papel de se obter das informações por meio de relatórios gerados pelos sistemas.

Assim, a EDI foi desenvolvida para facilitar a troca de documentos eletrônicos utilizando os padrões apresentados a seguir, que pode ser considerado como uma das principais ferramentas utilizada pelas empresas para estenderem eletronicamente seus negócios, com uma rede de computadores entre seus clientes e fornecedores utilizando o intercâmbio eletrônico de dados.

No início da utilização da EDI foram desenvolvidos formatos onde atenderiam isoladamente as necessidades individuais de cada empresa. Em pouco tempo foram percebidas as limitações destes formatos, surgindo assim à necessidade de outros padrões, para atender as necessidades exigidas pelas empresas, para integrar seus sistemas com a EDI (COLCHER e VALLE, 2000).

Segundo a Ferreira e Assumpção (2005), a utilização de um padrão para fazer a troca eletrônica de dados entre parceiros comerciais é importante para facilitar a interpretação de todo o fluxo de informação gerado pelas empresas parceiras através de sistemas. Se não houvesse a adoção de um padrão, o fluxo de informação seria tão grande que chegaria ao ponto onde não seria mais possível de ser administrada.

Com a adoção de um padrão, a empresa possibilita contrair novos parceiros comerciais que já utilizam sistemas EDI, e também permite a participação de outras empresas de diferentes seguimentos de mercado a participarem no mesmo grupo (FERREIRA e ASSUMPÇÃO, 2005).

Antes do surgimento do padrão EDIFACT que atualmente é o padrão mais utilizado no mundo, existiam dois tipos de padrões utilizados, o ANSI ASC X12 (American National Standards Institute Accredited Standards Committee) “Instituto Nacional Americano de Padrões Comitê Credenciado de Padrões” que teve origem na América do Norte e, GTDI (Guidelines for Trade Data Interchange) “Orientações para Intercâmbio de Dados Comerciais” que teve origem na Europa (YADAV, 2007).

As mensagens EDI funcionam da seguinte forma: as empresas ao efetuarem uma venda emitem para o consumidor uma nota de saída ou nota fiscal, essa nota pode ser interpretada apenas por humanos.

Segundo EANBRASIL (2004), para a EDI o processo é o mesmo, porém, as informações são interpretadas pelos softwares EDI e traduzidas, onde serão enviadas para os sistemas destinatários através do padrão UN/EDIFACT, onde o sistema EDI possa interpretá-las e efetuar tarefas, nas quais estarão contidas na mensagem.

3.3.1 Padrão ANSI ASC X12

No entanto, as informações contidas nas notas ou faturas precisam ser interpretadas e traduzidas para uma linguagem que o computador interprete, além disso, a informação deve ser entregue em um formato onde o sistema correspondente possa interpretá-la.

Segundo Jilovec (2004), para sanar este problema o comércio Americano passou a utilizar o padrão ANSI ASC X12, para enviar mensagens através da EDI, portanto, a tabela 2 mostra como uma fatura convencional é enviada através do formato ANSI ASC X12.

Tabela 2 - Fatura no formato ANSI ASC X12

Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo Dias (2004), mensagens enviadas através do padrão ANSI X12, ficariam limitadas ao mercado interno dos Estados Unidos, devido seu formato ter sido criado e desenvolvido para suportar somente seu padrão de mercado.

Por outro lado, o UN/EDIFACT foi criado para superar essa dificuldade, unindo os diferentes padrões em um único padrão universal ilustrado no item seguinte.

3.3.2 Padrão UN/EDIFACT

O padrão UN/EDIFACT, tem como objetivo, unificar os padrões comerciais dos países, formando uma corrente unificada, tornando a EDI muito mais fácil de ser introduzido nas empresas.

Na visão de Colcher e Valle (2000), a comunicação de forma unificada torna eficiente a EDI, de maneira que a mensagem é enviada no formato UN/EDIFACT, o sistema responsável pela recepção dos dados, fará a leitura dos dados, eliminando a conversão de padrões.

O padrão UN/EDIFACT, está sendo adotado por todas as empresas participantes da EDI, pela sua forma simples de comunicação e por facilitar a comunicação entre empresas de diferentes países. Além de facilitar a comunicação esse padrão engloba os padrões mundiais, fazendo com que as empresas não percam com a mudança. De acordo com a tabela 3 pode-se observar uma fatura sendo enviada através do padrão UN/EDIFACT (JILOVEC, 2004).

Tabela 3 - Fatura no formato UN/EDIFACT

Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo EANBRASIL (2004), o envio de mensagens EDI possibilita o controle do fluxo de produtos das empresas, além desse controle é possível que o mercado mundial possa acrescentar algumas vantagens através da tecnologia de identificação para melhorar ainda mais o controle desse fluxo.

Essa tecnologia é a utilização e códigos inequívocos chamado de código de barras que serão estudados com maiores detalhes no capítulo 5.

3.4 EDI NO BRASIL

No Brasil, a EDI tem sido adotado pelas empresas há vários anos, tem melhorado a comunicação eletrônica com seus parceiros.

Segundo pesquisa realizada por Prates e Gallão (2007) dentre o período de 2003-2004, no Brasil existem várias empresas que utilizam a EDI, conforme se observa na tabela 4.

Porém, Turban et al. (2007) complementa que a utilização da EDI vem sendo feita por empresas de grande porte, devido o investimento inicial ser significativo e os custos operacionais contínuos também serem altos, pelo uso de VAN particular.

Tabela 4 - Empresas Brasileiras que utilizam EDI

Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

Pode-se observar que entre as empresas apresentadas na tabela 4, as auto peças somam 26% do mercado como mostra a figura 10.

Segundo Longato (2006), a EDI cresceu rapidamente dentro do setor de auto peças, pelo fato das empresas Ford e Wolkswagen, há mais de 20 anos terem adotado a EDI e vem fazendo com que os seus parceiros de negócios passem a utilizar juntamente com elas a EDI para realizarem seus negócios.

Figura 10 - Ramo de atividade das empresas pesquisadas

Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

Na visão de Prates e Gallão (2007), outro fator importante é a localização dessas empresas, de acordo com a figura 11, 73% delas encontram-se instaladas em São Paulo. A pesquisa aponta a região escolhida pelas empresas não só de auto peças, mas por outras também, devido à localização central que melhora as negociações internacionais e também ajuda reduzir custos, pela fácil distribuição de seus produtos.

A pesquisa realizada mostrou uma ligação entre a implantação da EDI nas empresas e a localização das mesmas, resultando na fácil distribuição de seus produtos, alcançando resultados positivos onde serão apresentadas no item 3.5.

Figura 11 - Estados sediados pelas empresas

Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

A EDI é apenas uma ferramenta que visa agilizar e automatizar todo processo de transação eletrônica da empresa, que vai da importação do produto ou aquisição do mesmo no mercado interno, distribuição e entrega ao consumidor. Também auxilia as empresas a gerir toda informação do seu negócio, ajudando no seu desempenho, através da armazenagem das informações trocadas através da EDI, gerando relatórios para posteriormente ajudar na tomada de decisões (PRATES e GALLÃO, 2007).

No ponto de vista de Dias (2006), no Brasil um exemplo do uso da EDI utilizado pelo Sistema de Pagamento Brasileiro, é o TED (Transferência Eletrônica Disponível), um dos mais utilizados pelos bancos para fazer transferências de valores entre conta corrente.

Além disso, Dias (2006) salienta que no mundo ele é o sistema mais atualizado, trazendo segurança para mais de 140 mil transferências por dia. Embora ele não seja apenas utilizado pelos bancos, mas também pelas indústrias de cartão de crédito, aviação e também na área da saúde, usufruindo dos benefícios que a EDI proporciona para trocar informações médias, faturas e fazer cobranças eletrônicas de maneira muito mais rápida.

3.5 VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DA EDI

Diversas são as vantagens obtidas com o uso da EDI, cujo maior interesse das empresas é nos pontos estratégicos, ou seja, somar o poder de decisão devido à pequena margem de erro, onde esta tecnologia permite uma maior eficiência (EANBRASIL, 2004).

Segundo Colcher e Valle (2000), a EDI possibilita uma rápida transferência nos documentos entre as empresas e diminui os custos, eliminando gastos com processos lentos e retransmissão dos mesmos, sem contar que a mensagem EDI custa em média um terço do valor da mensagem remetida pelos meios convencionais.

Segundo Ferreira e Silveira (2007), os benefícios de utilizar a EDI é a redução do fluxo de papéis; tempo usado para envio via correio; entrada manual de dados; erros em dados; despesas com área administrativa e tempo para o ciclo de transações comerciais. Permitindo o fluxo mais rápido e preciso da informação; uma ligação muito próxima com os fornecedores; implantação de sistemas de inventário JIT (just-in-time); uso de modernas redes de comunicações e melhor serviço ao cliente. E por último facilita a produtividade, lucratividade e vantagem competitiva.

Segundo EANBRASIL (2004), com a implantação da EDI, podem ser apresentados para organização vários benefícios, tanto nas áreas estratégias como nas operacionais, como por exemplo:

  • Redução de custos administrativos e operacionais, frente à brusca redução dos trâmites, que originam monte de papéis, os quais operam em fluxos viciosos de vai-e-vem de vias de documentos, protocolos e assinaturas;
  • Alinhamento com os padrões de identificação física dos itens comerciais e unidades logísticas, ou seja, reconhecimento dos produtos através dos códigos de barras;
  • Redução do estoque à medida que o gerenciamento dos produtos permite a reposição calculada sobre o consumo através do JIT, firmando-se alianças estratégicas entre fornecedores e clientes;
  • Aumento de vendas devido ao monitoramento constante do consumo e planejamento pré-acordado para a rápida reposição por parte do fornecedor;
  • Eliminação de erros, uma vez que a EDI elimina os inevitáveis erros resultantes da entrada manual de dados;
  • Aumento da produtividade, pois a EDI permite que as companhias controlem e manejem melhor as necessidades de produção, compras e entregas. A EDI é um componente chave nos elos entre cliente, fornecedor e transportador na fabricação JIT e na "quick response", resultado rápido na significativa redução nos níveis de estoque;
  • Outros benefícios como a redução de saldos; redução de itens faltantes; redução de devoluções; agilidade no recebimento de mercadorias; entre outros.

Deste modo, esta tecnologia traz junto às suas práticas entre as empresas parceiras, não só uma melhoria em seus processos, mas também uma reorganização e adequação nos processos, garantindo vantagem competitiva para o mercado global.

3.6 DESVANTAGENS NA IMPLANTAÇÃO DA EDI

Segundo Ferreira e Assumpção (2005), dificilmente é revelado que a EDI possui desvantagens. Comumente são correlacionados como desvantagens os seus obstáculos e barreiras enfrentados no processo de implantação, como por exemplos resistência às mudanças, alto custo de implantação, incompatibilidade de hardware e software, tempo de aprendizado e gasto com treinamento.

Ainda que a EDI tenha inúmeras vantagens, porém não foram todas as empresas que adotaram esse sistema. As mudanças exigidas na estrutura da organização para implantar os padrões da EDI é um fator de retardo para sua implantação (ALBERTIN, 2000).

De acordo com Silva (2009), podem ser definidos como desvantagens do uso da EDI os seguintes fatores:

  • Custo de implantação elevado;
  • Acessibilidade restrita devida ao custo;
  • Requerimentos rígidos impostos por padrões;
  • Soluções parciais;
  • Soluções fechadas;
  • Barreiras culturais;
  • Falta de treinamento no uso da ferramenta;
  • Falta de pessoal qualificado;
  • Falta de serviços de apoio dos fornecedores de tecnologia da informação.

Segundo Porto et al. (2000), pode ser levado em conta como um ponto negativo o fator chamado de “efeito dominó”, que pode ocorrer através de erros atribuídos pelos parceiros comerciais, ou falhas de segurança no sistema, comprometendo assim a integridade nos sistemas dos diversos parceiros. Também os riscos de interrupções na conexão da rede de trabalho, registros alterados ou até mesmo alterações que possam ser introduzidas nas mensagens através de um ruído na comunicação.

No entanto, para alcançar excelência na utilização da EDI, é necessário que os integrantes da empresa passem a aceitar e se comprometer com os resultados a serem alcançados, além do domínio e o claro entendimento dos seus objetivos, más também a existência de parceiros comerciais dispostos a trocar informações e conhecimento sobre o uso da EDI se torna indispensável (PORTO et al., 2000).

3.7 COMUNICAÇÃO

Para que ocorra a troca eletrônica de dados através da EDI, é necessário que exista um meio físico de comunicação. Uma vez que os softwares EDI convertem os dados dos padrões EDI para os padrões de arquivos internos da empresa, eles precisão ser transferidos para o destino.

Segundo Jilovec (2004), para a comunicação EDI existem opções de meios de comunicação, onde nelas incluem rede privada ponto a ponto, infra-estrutura pública que é a internet e rede de valor agregado, oferecidas pelas empresas de VAN (Value Added Network) e VPN (Virtual Private Network).

3.7.1 Value Added Network - VAN

As vantagens trazidas para as empresas que utilizam a EDI se tornam possíveis através das linhas diretas de comunicação entre os parceiros comerciais, chamada de Value Added Network - VAN. Ela consiste no meio de comunicação mais eficaz para implementação da EDI, formando um canal direto e seguro para transferência de dados (COSTA, 2005).

Segundo Rodrigues (2005), pode-se definir VAN como sendo um canal exclusivo de comunicação, distribuído por empresas privadas de telecomunicações como Embratel, Proceda, IBM Brasil entre outras. Essas empresas distribuem um canal de comunicação exclusivo como mostra o modelo na figura 12, para que os dados sejam transferidos com rapidez e segurança.

Figura 12 - Modelo de Comunicação - VAN

Fonte: (DEVELOPER, 2009)

Segundo Ferreira e Assumpção (2005), as VANs são provedores de acessos além de oferecer outros serviços baseados em rede de valor agregado como segurança, conversão de protocolos e conversão de mensagens, gerenciamento da rede, permitindo interação com diferentes sistemas internos dos parceiros de uma rede.

Segundo Interchange (2005) apud Giehl (2005), os benefícios em usar os serviços de uma VAN são:

  • Uso de um único canal de comunicação, diminuindo os esforços com a administração da rede;
  • Controle de acesso as caixas postais cadastradas por meio de validação;
  • Registro de todas as etapas do processo de comunicação e transmissão dos arquivos;
  • Possibilidade de recuperação de mensagens;
  • Padronização de layouts;
  • Independência de tecnologia dos parceiros.

Segundo Rodrigues (2005), as VANs são atribuídas em uma rede privada, reservada somente aos parceiros comerciais daquela cadeia de suprimentos. As VANs fazem todo o gerenciamento do tráfego das informações que são postadas pelos parceiros.

Um fator importante para troca de mensagens através da VAN é a segurança, esse fato é favorecido por ela, devido às notificações de entrega e recebimento que ela emite, onde as falhas ocorridas podem ser tratadas e reparadas, por exemplo: uma mensagem perdida pode ser retransmitida facilmente, sem prejuízo para os parceiros (RODRIGUES, 2005).

Segundo Rodrigues (2005) e Turban et al. (2007), o valor para que uma empresa possa manter uma VAN é elevado, isso inviabiliza a utilização pelas pequenas empresas, ainda que acrescentado ao custo elevado para implantação da EDI, pode-se afirmar que, seria intangível para essas empresas alcançarem um relacionamento com grandes parceiros de negócio.

Portanto, uma alternativa é utilizar a infra-estrutura pública de comunicação à Internet, onde através das redes virtuais privadas podem ser transferidos os dados com segurança aliado ao baixo custo.

3.7.2 Virtual Private Network - VPN

Segundo Forouzan (2004), a VPN (Virtual Private Network) utiliza redes públicas de telecomunicações para realizar comunicações de dados privados, ou seja, ela utiliza a Internet e uma variedade de protocolos especializados para suportar comunicações privadas.

No entanto, Comer (2007) expõe que as VPNs seguem um modelo cliente-servidor, no qual autentica os usuários, criptografam dados e gerência sessões com os servidores. Assim, a sessão entre dois usuários só podem ser realizados uma vez que o túnel de comunicação foi aberto entre eles, clientes e servidores VPN são normalmente usados nos três cenários:

  • Para suportar o acesso remoto a uma intranet;
  • Para suportar conexões entre múltiplas intranets dentro da mesma organização;
  • Para participar de redes entre as duas organizações, formando uma extranet.

O benefício obtido pela VPN é o baixo custo necessário para suportar esta tecnologia dentro da empresa, em comparação com a VAN. Além disso, a VPN também pode se conectar diretamente a outros servidores VPN (BLUMENSCHEIN e FREITAS, 2000).

Segundo Forouzan (2004), a VPN pode estender a conexão do servidor com a intranet ou extranet, podendo alcançar várias redes VPN. Também são utilizados vários protocolos de rede diferentes em sua infra-estrutura, como exemplo o PPTP (Protocolo de Tunelamento Ponto a Ponto).

No processo denominado tunelamento onde os pacotes são criptografados e acondicionados dentro de pacotes IP (Protocolo de Internet), cria-se um invólucro ao redor da mensagem para ocultar seu conteúdo, a partir daí empresa como, por exemplo, A, B, C e D, podem criar uma conexão privada que trafega pela rede pública, como mostra a figura 13 (LAUDON e LAUDON, 2007).

Figura 13 - Tunelamento de dados

Fonte: adaptado de (LAUDON e LAUDON, 2007)

A VPN pode ser instalada em um único computador que esteja conectado diretamente à Internet, ou em um computador que esteja conectado em uma rede da empresa ou de uma rede de PCs, onde pode ser conectado via software e colocado no firewall da empresa para garantir a segurança (TITTEL, 2002).

Do ponto de vista da EDI, conexões VPN são ideais para empresas que desejam se conectar a parceiros comerciais através de uma única ligação a baixo custo, ou seja, os fornecedores ou parceiros podem estabelecer uma conexão da sua intranet a intranet da empresa parceira através da internet com VPN, como mostra a figura 14.

Figura 14 - Modelo da VPN

Fonte: (TURBAN et al., 2007)

3.8 EDI TRADICIONAL

A EDI tradicional é responsável pela troca de mensagem através de um canal de comunicação, excluindo totalmente a intervenção humana em seu processo de intercâmbio eletrônico de dados.

A EDI tradicional compõe a troca de mensagem de forma padronizada, utilizando os meios de comunicação disponibilizados pelas VANs ou VPNs, fazendo a comunicação direta entre a empresa automatizando completamente o processo de troca de mensagens (COSTA, 2005) e (TURNAN et al., 2007).

Segundo Rodrigues (2005), ele serve como rede direta de comunicação entre as empresas e, tem como serviço uma espécie de caixa postal, onde recebe e encaminha mensagens postadas aos sistemas de destino, como mostra a figura 15.

Figura 15 - EDI Tradicional

Fonte: (RODRIGUES, 2005)

3.9 WEB-EDI

Segundo Turban et al. (2007), o custo da implantação da EDI e aquisição de uma VAN se tornam caro, por isso, a não aceitação de parceria pelas pequenas empresas se tornou uma barreira para seu crescimento, fazendo com que as VANs disponibilize acesso através da internet.

Segundo Rodrigues (2005), a maneira de integrar as pequenas empresas ao sistema EDI através da VAN, é desenvolvendo uma interface web onde através dela os pequenos parceiros possam de forma manual, ou seja, acesso humano, acessar uma caixa de mensagens e, estar postando e recebendo suas mensagens, através da internet, como mostra a figura 16.

Figura 16 - Interface WEB-EDI fornecido pela VAN

Fonte: (RODRIGUES, 2005)

No entanto, Turban et al. (2007) relata a VPN como um meio alternativo para grandes e pequenas empresas que buscam baixo custo, segurança e automatização nos processos de troca de mensagens através da EDI.

4. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ATRAVÉS DA EDI

Atualmente as empresas necessitam de ferramentas para ajudar a gerenciar seus negócios, então eles optam por utilizar sistemas onde possa gerir toda sua informação e mostrar apenas resultados. Para que isso ocorra, existe no mercado softwares como ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e SCM (Supply Chain Management), que desenvolvem funções de acordo com as características de mercado de cada uma das empresas.

Porém, para o mercado logístico, existe também a ferramenta EDI, que automatiza toda troca de informações eletrônica entre parceiros comerciais, no entanto, esse sistema precisa ser integrado com o sistema da empresa, evitando que a informação seja retirada de um sistema como, por exemplo, o ERP, CRM ou SCM e passado para a EDI fazer a transferência dos dados eletronicamente.

A vantagem de ter apenas um sistema controlando seu negócio é a rapidez e agilidade na troca de informações eletrônica, possibilitando economia de tempo e custo (VOLLMANN et al., 2005).

4.1 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING - ERP

Na visão de Vollmann et al. (2005), o ERP é um software amplo para suportar as decisões concorrentes com o planejamento e controle dos negócios, no entanto o ERP é considerado pelas comunidades de informações, como sendo um termo para descrever um software que integra programas de aplicações em finanças, produção, logística, vendas e marketing, recursos humanos entre outras funções da empresa. Essa integração é feita através de uma base de dados compartilhada por todas as funções da empresa que utiliza aplicações de processamento de dados.

Vale salientar que segundo Vollmann et al. (2005), o software ERP deve conter quatro aspectos importantes para determinar a qualidade do sistema:

  • O software dever ser multifuncional em escopo, tendo como habilidade seguir os resultados monetários financeiros em termos monetários, as atividades de aquisição em unidades de material, as vendas em termos de unidade e de serviços e a produção ou processos de conversão em unidades de recursos ou pessoas, ou seja, o software deve produzir resultados inerentes relacionados às necessidades das pessoas para o dia a dia do trabalho;
  • O software deve ser integrado, quando uma transação de dados representando uma atividade de negócios entra através de uma das funções, os dados relacionados a outras funções pertinentes ao negócio também mudam, evitando o retrabalho de relançar os dados no sistema, assegurando a todos uma visão comum do sistema;
  • O software precisa ser modular na sua estrutura, de modo que possa ser combinado com um sistema expansível, estreitamente focado numa função particular ou conectado com softwares de outras fontes ou outras aplicações;
  • O software deve facilitar o planejamento e controle clássico das atividades de produção, incluindo previsão, planejamento da produção e gerenciamento de estoques.

Pode-se dizer que o ERP é um software que permite a integração de todos os departamentos de uma empresa, onde será alimentada uma base de dados e, todas as áreas correlacionadas farão a utilização desses dados para obter informações. O ERP permite o planejamento integrado através das áreas funcionais da empresa e, também apóia a execução integrada através das áreas funcionais (CICERO, 2008).

Segundo Dias (2004), empresas tem buscado agilizar seus processos de negócio em toda empresa através do ERP, e com isso também estão buscando se integrar com os parceiros de negócio melhorando a comunicação entre si. A integração de sistemas como, por exemplo, o ERP com a EDI funciona de maneira que, a EDI busque as informações da empresa na base de dados ERP e troque essas informações através de canais de comunicação utilizadas pela VAN (Value Added Network) e VPN (Virtual Private Network), tornando a EDI um sistema intermediário entre o sistema do cliente e fornecedor, como ilustra a figura 17.

Figura 17 - Integração de Sistemas com a EDI

Fonte: (DIAS, 2004)

Segundo Vollmann et al. (2005) e Turban et al. (2007), exemplo de integração de sistemas ERP com EDI é a empresa Wal-Mart. Onde seus dados são utilizados pela Wal-Mart e pelos fornecedores externos, esses dados são dados de vendas e estoques atuais dos produtos vendidos pela Wal-Mart e também pelas lojas Sam’s Club. Esses dados são trocados ente eles pelo sistema ERP através da EDI, utilizando ferramentas que serão abordas no item 4.4.

4.2 CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - CRM

A cada dia que passa, as empresas têm investido em TI (Tecnologia da Informação), para poder gerir todo seu conhecimento, onde será utilizado para tomada de decisões, portanto, o CRM (Customer Relationship Management) deve ser considerado um sistema para atingir metas e ajudar no relacionamento com os clientes.

Segundo Laudon e Laudon (2007), CRM é considerado gestão de negócios através do relacionamento com o cliente, para buscar lucratividade e aumentar a competitividade, destacando para isso a participação da tecnologia para automatizar os diversos processos de negócios, como vendas e suporte a vendas em campo.

O CRM integra pessoas, processos e tecnologia para aperfeiçoar o gerenciamento de todos os relacionamentos, incluindo os parceiros de negócios, além dos consumidores e canais de distribuição (OLIVEIRA e LELES, 2005).

Segundo Laudon e Laudon (2007), um sistema CRM é um diferencial para as empresas, devido às informações dos clientes serem fieis, o que podem ser importantes para atingir vantagens competitivas.

Segundo Oliveira e Leles (2005), existem dois tipos de CRM, o analítico e operacional:

  • Analítico: visam eficiência no processo de tomada de decisão, tendo informações sobre os clientes, caminho para aumentar a rentabilidade, novas estratégias visando à competitividade.
  • Operacional: tem como foco o relacionamento ao atendimento ao cliente, automação de vendas, comércio eletrônico, a eficiência dos processos transacionais na área das vendas, tendo o cliente como foco principal.

A EDI está presente no CRM operacional, juntamente na sua aplicação de comércio eletrônico e automação de vendas, entretanto, busca fidelizar o seu cliente.

Na visão de Colangelo Filho (2001), o CRM utiliza a base do ERP onde está concentrada toda a estrutura departamental da empresa, ou seja, o ERP fica responsável pelos processos internos e o CRM se responsabiliza pelos processos externos. Neste caso o CRM como armazena informações pertinentes ao seu cliente e não há razão de compartilhar essas informações através da EDI. Por este motivo os sistemas ERP são responsáveis por viabilizar as diversas categorias de comércio eletrônico. A figura 18 mostra que o ERP funciona como um intermediário para a EDI, entre seu cliente e fornecedor, para trocarem informações entre si.

Figura 18 - Estrutura do CRM para utilização da EDI

Fonte: (COLANGELO FILHO, 2001)

4.3 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - SCM

Segundo Gomes e Ribeiro (2004), SCM (Supply Chain Management) ou Gestão da Cadeia de Suprimentos como é chamado, faz o controle de matérias, informações e finanças, no processo que vai desde o fornecedor ao consumidor. Por exemplo: o fabricante comprando de seus fornecedores, os atacadistas comprando de vários fabricantes, os varejistas comprando de vários atacadistas, formando um B2B (business-to-business) onde é considerado um processo bastante relevante, para os negócios entre empresas.

Entretanto, para que o B2B aconteça de forma simples e eficiente, a EDI pode ser implementado junto com o SCM, auxiliando assim, nos processos de troca de informações entre parceiros.

Na visão de Cohen e Roussel (2005), a cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através de ligações, nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos do consumidor final.

A meta fundamental do sistema SCM é reduzir o estoque, e por outro lado, garantir que os produtos estejam disponíveis quando necessários, o SCM pode ser dividido em três fluxos principais (GOMES e RIBEIRO, 2004).

  • Fluxo de produtos;
  • Fluxo de informações;
  • Fluxo financeiro.

No entanto Gomes e Ribeiro (2004) expõem que o conceito de SCM é uma expansão da logística, devido o gerenciamento estar primeiramente focado com a otimização de fluxos dentro da empresa, por outro lado, o SCM reconhece que a integração por si só não é suficiente. O objetivo buscado é conectar o mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação e a atividade de aquisição, de forma que os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais altos, e ainda mantendo o custo baixo.

Segundo Gomes e Ribeiro (2004), algumas práticas eficazes no SCM tem sido implementada no mundo todo, com base na simplificação e obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente. Com isso, foram obtidos vários resultados positivos, como pode ser observado um desses procedimentos:

  • Divisão de informações e integração da infra-estrutura com clientes e fornecedores: A integração de sistemas de informações e a utilização crescente de sistemas como a EDI, entre fornecedores e clientes têm permitido a prática, como exemplo: reposição automática do produto na prateleira no cliente conhecido como (Efficient Consumer Response - ECR). Estas práticas vêm proporcionando, trabalhar com estoque zero ou just-in-time como é chamado, e diminuem os níveis de estoque que são gerados. Também, a utilização de representantes permanentes (in plant representatives) junto aos clientes tem facilitado, entre outras, o melhor balanceamento entre as suas necessidades e a capacidade produtiva do fornecedor, bem como uma agilidade maior na resolução de problemas. Por fim, a utilização de sistemas de informações, sistemas para geração, envio, recepção, armazenamento ou outra forma de processamento de mensagem eletrônica.

Com a utilização de uma ferramenta como a EDI, estreita ainda mais as relações entre os parceiros da cadeia de suprimento, realizando trocas de informações pertinentes à movimentação de mercadorias e de seus respectivos pagamentos entre eles, com essa ferramenta, todos os parceiros comerciais podem gastar seu tempo para tomar decisões de áreas como marketing, produção, logística, compras, entre outras, reduzindo custo total da cadeia de distribuição (COHEN e ROUSSEL, 2005).

No entanto, Gomes e Ribeiro (2004) mostram que, em conseqüência da utilização da ferramenta EDI, os estoques passam a ser menores entre a produção e o momento da compra, compartilhando ganhos por todos os parceiros comerciais, inclusive o consumidor, que além de receber os produtos a um custo menor, também ganha em qualidade, obtendo uma redução de 42% no valor do produto.

Segundo Gomes e Ribeiro (2004), a introdução do ECR (Efficient Consumer Response) no Brasil foi graças à Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores - ABAD e Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS.

O ECR tem por finalidade melhorar o desencadeamento das operações logísticas, fazendo padronizações, dentre elas está a difusão da utilização da EDI na logística. Também tem como objetivo promover uniformização de toda cadeia de abastecimento, reduzindo custos causados por desperdícios, retrabalho e ineficiências em cada etapa da cadeia de suprimento, repassando esse beneficio ao consumidor. Isso se da ao fato da cadeia de suprimento, trocar informações a respeito de suas operações para reduzir a ineficiência do produto, venda compra e distribuição de mercadorias, através da ferramenta EDI.

4.4 FERRAMENTAS PARA INTEGRAÇÃO DA EDI NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Segundo Colangelo Filho (2001), para automatizar o processo logístico, as empresas estão buscando por alternativas que visam auxiliar no bom desenvolvimento logístico, ou seja, melhorar sua capacidade de produzir, distribuir e no relacionamento com o cliente. A EDI proporciona para as empresas formar um comércio eletrônico através dos seus sistemas, possibilitando melhoria na comunicação, agilidade nos processos, rastreabilidade de produtos entre outros que foram abordados no item 3.5.

Porém, quando se trata de cadeia de suprimentos existe um conjunto de ferramentas, abordados nos itens subsequentes, podendo ser utilizadas em conjunto com a EDI para melhorar o gerenciamento de estoque e distribuição dos produtos (FIRMO e LIMA, 2004).

A seguir serão expostas algumas das ferramentas utilizadas em conjunto com a EDI fazendo a comunicação entre os sistemas apresentados acima, ajudando no gerenciamento dos produtos, reduzindo custo, estoque e melhora na distribuição dos mesmos.

4.4.1 Quick Response - QR

Segundo Firmo e Lima (2004), os fornecedores no QR (Quick Response), Resposta Rápida, recebem dados de vendas dos clientes através dos pontos de vendas, utilizando essas informações para sincronizar sua operação de produção e estoques com as vendas reais. O cliente continua fazendo seus pedidos de forma individual utilizando a EDI, porém o fornecedor faz a leitura das vendas efetuadas pelos seus clientes, podendo aprimorar sua previsão de produção, não perdendo com grandes estoques de produtos e perdas na produção.

O QR surgiu nos Estados Unidos, pelo setor do vestuário, aperfeiçoando a operação de distribuição, os produtos não são mais armazenados em centros de distribuição, e sim movimentados através da EDI, visando à redução no tempo de resposta no fluxo de produtos e em conseqüência disso a redução dos níveis de estoque (COLANGELO FILHO, 2001).

4.4.2 Efficient Consumer Response - ECR

No ECR (Efficient Consumer Response), resposta eficiente ao consumidor, o que se buscada é a melhoria na qualidade, simplificação de rotinas e procedimentos, padronização e racionalização dos processos de distribuição, através de parcerias entre a cadeia de suprimentos, que são: fabricante, distribuidor, atacadista, varejista e todos voltados para o consumidor final, visando melhorias para o cliente final como rapidez na entrega dos produtos, e redução dos preços, através de um sistema de reposição automática dos estoques consumidos nos pontos de venda (GOMES e RIBEIRO, 2004).

Segundo Firmo e Lima (2004), o ECR utiliza a EDI para fazer a transmissão eletrônica de dados para os fabricantes do consumo dos pontos de venda, tornando uma rápida reposição do estoque consumido, e também envia dados aos fornecedores onde facilita o controle do fluxo de matérias e produtos dentre a cadeia de suprimentos, proporcionando a produção do fabricante o mais próximo da demanda real.

No entanto, o ECR facilita a introdução dos códigos de barras através da automatização do processo de distribuição dos produtos pelos fornecedores, por exemplo, o fabricante distribui determinado produto e atribui um código de barras a ele, em seguida envia uma mensagem EDI para o cliente informando que determinado produto foi enviado e o seu código, no check-out do cliente ele somente ira ler o código de barras e, então saberá todos os dados daquele produto (GIEHL, 2005).

4.4.3 Vendor Management Inventory - VMI

Segundo Firmo e Lima (2004) e Colangelo Filho (2001) VMI (Vendor Management Inventory), este se baseia no gerenciamento de estoques da cadeia de suprimentos, onde os fornecedores utilizam a EDI para melhor programar suas operações, diminuindo custos de produção, distribuição e manutenção de estoques. Através do VMI o fornecedor faz parceiras com os clientes, responsabilizando-se por gerenciar o seu estoque, automatizando todo seu processo de reposição, viabilizado pela troca intensiva de informações via EDI.

Os benefícios do VMI é a redução dos custos administrativos de compras e falta de estoque, para o fornecedor os ganhos estão associados na maior previsibilidade da demanda de produtos. A EDI e VMI fazem a integração com os sistemas do comprador e vendedor, e suas principais funções são: promover a comunicação ente os sistemas da cadeia de suprimentos e interpretar dados de estoque e movimentações do vendedor e gerenciar seus estoques, gerando ordens de compra para produtos (COLANGELO FILHO, 2001).

4.4.4 Continuous Replenishment - CR

O CR (Continuous Replenishment) ou reposição contínua é uma prática que elimina a necessidade de pedidos de compras, ela possui como meta proporcionar uma cadeia de suprimentos flexível e eficiente, onde seja suprido o estoque do cliente de forma contínua. Essa reposição acontece de acordo com os dados que são trocados via EDI freqüentemente entre os parceiros, onde os pontos de venda enviam dados referentes às vendas efetuadas e o fornecedor prepara carregamentos em intervalos regulares e assegura a flutuação dos estoques dos clientes entre o estoque máximo e mínimo (FIRMO e LIMA, 2004).

As ferramentas apresentadas mostram ser eficientes para a integração da EDI com os sistemas de informações apresentados. No entanto, o capítulo 5 apresenta a utilização dessa ferramenta através da utilização da EDI e a tecnologia dos códigos de barras, proporcionando automatização dos processos logísticos.

5. TECNOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E SUA APLICAÇÃO COM EDI

As empresas estão buscando padrões de qualidade nos produtos e serviços, como por exemplo, rastreabilidade, automatização e eficiência na aquisição e entrega dos produtos. Para isso existe a tecnologia de identificação chamada de código de barras que aplicado em conjunto com a EDI se torna uma ferramenta eficiente para a cadeia de suprimentos.

Portanto, neste capítulo será apresentada a troca e mensagens EDI e também os códigos de barras, tendo como exemplo o setor calçadista, que utiliza a EDI e o código de barras.

5.1 CÓDIGO DE BARRAS

O código de barras é uma tecnologia para transferência de dados codificados de um produto físico ou para despacho de produtos através de um sistema de computador. Os dados contidos no código de barras podem ser lidos de forma automática através de dispositivos ópticos e transferidos através de mensagens EDI (Eletronic Data Interchange) para um sistema de computador (GIEHL, 2005).

Segundo Colangelo Filho (2001), a EAN (International Article Numbering Association), desenvolveu padrões para simbologia de código de barras, chamado de UCC (Uniform Code Council). Na tabela 5 são mostrados os padrões UCC utilizados no Brasil.

Tabela 5 - Sistemas de códigos utilizados no Brasil

Fonte: (COLANGELO FILHO, 2001)

Os padrões UCC foram projetados para facilitar as transações comerciais de produtos, onde qualquer usuário no mundo pode scanear o código de barras e obter suas informações.

Segundo EANBRASIL (2004), o código de barras é uma tecnologia que auxilia a cadeia de suprimentos em melhorar o fluxo de informações e controle de seus produtos. No entanto, o código de barras e a EDI podem contribuir da seguinte forma:

  • No despacho do produto o escaneamento dos GTIN (Global Trade Item Number) e GLN (Global Location Number), pode melhorar no cumprimento dos pedidos pelo fornecedor, aumentar a precisão, velocidade das entregas e ser usado para gerar avisos de mensagens eletrônicas;
  • No recebimento do produto o escaneamento do GTIN e de números de pedidos de compra ajuda no recebimento e controle das entregas e na conferência das entregas em relação aos pedidos pendentes, os avisos de mensagens eletrônicas permite que o cliente concilie entrega de faturas eletrônicas;
  • No escaneamento do GTIN dos produtos despachados, recebidos ou devolvidos, permite que todos os parceiros atualizem suas contagens de estoque, dentro de sistema automatizado de reposição, o escaneamento dos dados no ponto-de-venda pode ser agregado ao final do dia de trabalho e enviado como um relatório de dados de venda através da EDI que ativa a entrega de mercadorias no dia seguinte.

Segundo Colangelo Filho (2001), normas de controle de qualidade como ISO 9000, estão impactando fortemente nas empresas, aumentando uma demanda para que elas proporcionem a rastreabilidade total dos produtos. O escaneamento do código de barras e a EDI permitem que as empresas rastreiem seus produtos através do padrão UCC, podendo assim adquirir padrão e qualidade nos produtos e serviços.

No entanto, a EDI e o padrão UCC estão permitindo a automatização do processo de abastecimento de estoque e, possibilitando que o tanto cliente e fornecedor troquem informação dos produtos que os oneram.

5.1.1 Padrão EAN.UCC

O padrão EAN.UCC é um conjunto de padrões que permite o gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos a nível global por meio de identificação inequívoca de produtos, unidade logística, locais e serviços, e ainda para aplicação de rastreabilidade, comércio eletrônico, automação comercial e integração logística (GLOVER e BHATT, 2007).

Segundo Giehl (2005), o padrão EAN.UCC provê o uso de números inequívoco para identificar mercadorias no mundo todo. Esses números são representados por símbolos que correspondem a código de barras e possibilita a identificação eficiente dos produtos para o envio de mensagens através da EDI.

A EANBRASIL (2004) afirma que a EDI é a melhor forma de transmitir informações ao longo da cadeia de suprimentos, pela automatização e segurança dos canais de comunicação, a fim de confiar os arquivos eletrônicos para ser transferidos e para recuperar informações das mercadorias, proporcionando também padrões de qualidade para obtenção de ISO.

5.1.1.1 Etiqueta EAN.UCC-128

A EDI faz a troca de informações eletrônicas, portando a etiqueta EAN.UCC-128, possibilita que a EDI troque as informações contidas nesta etiqueta. Portanto, será apresentado neste trabalho como o cliente e fornecedor pode automatizar o processo de compra e abastecimento de estoque.

Segundo Felício (2001), a etiqueta EAN.UCC-128 permite a codificação de dados, como por exemplo, data de produção, informação adicional do produto, quantidade, durabilidade mínima e máxima e SSCC (Código Serial de Unidade Logística), utilizado para o envio de mensagem através da EDI.

Segundo EANBRASIL (2004), a estrutura da etiqueta EAN.UCC-128 é composta pro três seções, como mostra a figura 19.

Figura 19 — Estrutura EAN.UCC-128

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Na terceira seção é fornecido o código de barras GTIN e SSC, essas informações são determinantes para a EDI, a aplicação destas informações é para todos os setores da esfera mundial, abrangendo mensagens UN/EDIFACT a serem trocadas via EDI (EANBRASIL, 2004).

Segundo Giehl (2005), através da identificação dos produtos, utilizando a etiqueta apresentada, é possível que o fornecedor embarque os produtos respectivamente identificados e depois encaminhe através da EDI informações contidas na etiqueta, facilitando o recebimento pelo cliente.

Posteriormente, os produtos serão recebidos pelos clientes e podem ser checados através de leitura óptica do código de barras e checados com a mensagem EDI recebida, obtendo toda informação do produto, assim, facilitando assim conferência e movimentação dos produtos (GIEHL, 2005).

No entanto, para essa troca de mensagens ser eficiente, serão mostrados alguns padrões de códigos de barras que são essenciais para a EDI, que são os SSCC, GTIN e GLN.

5.1.2 Código de Série de Unidade Logística — SSCC

O SSCC (Código de Série de Unidade Logística) é um padrão pra identificação exclusiva de unidades de transportes individuais, ele permite identificar as mercadorias embaladas, por exemplo, quando produtos são selecionados e embalados em caixas mistas, para atender pedidos individuais, o uso do SSCC com a EDI pode dar suporte as operações como despacho, rastreio de despacho, distribuição posterior e recebimento de embalagens (GLOVER e BHATT, 2007).

Segundo Felício (2001), todas as informações sobre as mercadorias dentro de uma embalagem ou unidade de transporte são comunicadas antecipadamente pelo EDI através de mensagens eletrônica “aviso de despacho” no padrão UN/EDIFACT. Quando ocorrer o recebimento da mercadoria todas as informações relativas a ela poderão ser acessadas através do scaneamento do código SSCC.

5.1.3 Global Trade Item Number — GTIN

O GTIN (Global Trade Item Number) é o meio mais eficiente de identificar produtos, ele é composto por uma etiqueta exclusiva contendo 14 dígitos que contém a identificação do fabricante, fornecida pelo UCC ou EAN (COLANGELO FILHO, 2001).

Segundo EANBRASIL (2004), a EDI não depende somente de mensagens padronizadas, mas também do uso de códigos internacionais, a utilização de códigos padronizados internacionalmente viabiliza a utilização da EDI entre parceiros comerciais.

No entanto, a utilização do GTIN para a cadeia de suprimentos é extremamente importante para facilitar as transações comerciais através da EDI e facilitar a inclusão de novos parceiros comerciais. Isso, porque o GTIN marca os produtos através de uma seqüência numérica que pode ser identificados por humanos e, também pode ser atribuído código de barras facilitando a leitura por máquina sendo rápido e automático (FELÍCIO, 2001).

5.1.4 Global Location Number — GLN

Assim como ocorre com os produtos, os códigos são os meios mais eficientes de trocar informações, o GLN serve para identificar locais, empresas, endereços ou informações sobre locais particulares e requisitos especiais de comércio como mostram a figura 20 (COLANGELO FILHO, 2001).

Figura 20 — Número Global de Localização — GLN

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Giehl (2005), os números de localização não apenas servem para serem utilizados pelos parceiros comerciais, bem como, sua criação foi embasada para fazer o roteamento de mensagens EDI para aplicativos de sistemas da cadeia de suprimentos, por exemplo, Supply Chain Management.

A vantagem de utilizar o GLN é a localização eficiente para as transações EDI, tornando-se um componente chave. São preferíveis que todos os parceiros utilizem o mesmo padrão de codificação de localização, fazendo com que as mensagens EDI sejam direcionadas de forma precisa aos sistemas das empresas parceiras como mostra a figura 21 (EANBRASIL, 2004).

Figura 21 — Utilização de GLN para rotear mensagens

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

5.1.5 Vantagem na Utilização do GTIN e GLN

Segundo Glover e Bhatt (2007), os códigos de identificação GTIN e GLN é exclusividade internacional, isso quer dizer que, no mundo não há nenhum risco de duplicidade de código gerando conflitos entre sistemas EDI. Isso, devido às informações dos produtos, serviços ou locais, estarem mantidas em banco de dados, que são conservados pela organização internacional EAN.

O fato das informações estarem contidas em banco de dados é concebido pelo caso de ser rápida eficiente e menos dispendioso, do que a alteração da estrutura de códigos para acrescentar novos significados (GIEHL, 2005).

5.2 ENVIANDO MENSAGEM ATRAVÉS DA EDI

Quando os parceiros comerciais desejam melhorar sua comunicação e agilizar suas transações, eles optam por utilizar mecanismos que garantam rapidez e confiabilidade para seus negócios.

Segundo Colcher e Valle (2000) e EANBRASIL (2004), pode ser adicionado à cadeia de suprimentos uma tecnologia muito eficiente em conjunto com a EDI para diversos seguimentos de mercado, chamado de código de barras, para alcançar os objetivos buscados que são: rapidez, rastreabilidade e segurança em transações comerciais.

Portanto, quando parceiros optam por utilizar essa ferramenta, automatizando todo o processo de compra e venda de produtos, algumas regras devem ser definidas e para definir essas regras ocorrem acordos comerciais entre os parceiros de negócios, onde ficam estabelecidas regras que diferem para cada seguimento de mercado, como por exemplo, condições de pagamento, preços, padrões de mensagens EDI, meios de comunicação, entre outras (COLCHER e VALLE, 2000).

No entanto para que essa transação possa ocorrer de forma automatizada, através da EDI e utilizando código de barras, serão mostrados na tabela 6 os códigos para o envio de mensagens EDI e logo abaixo serão explicados cada um deles.

Tabela 6 — Códigos para o envio de mensagens EDI

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Giehl (2005) cada código contém informação que será recebida e traduzida pela EDI e repassada para o sistema da empresa, cada código representa um papel específico que são:

  • A mensagem PRICAT é enviada pelo fornecedor aos seus clientes, sendo utilizada como um catálogo ou lista de todos os produtos do fornecedor, podendo ser usada também como aviso antecipado de alterações nas linhas de produtos, o catálogo pode conter informações descritivas, logísticas ou financeiras de cada produto. A mensagem enviada pode conter informações gerais sobre os produtos, válidas para todos os seus clientes, ou informações específicas para um único cliente, por exemplo, condição de pagamento.
  • A mensagem ORDERS é enviada de cliente para o fornecedor, solicitando produtos ou serviços e especificando a quantidade, data e local de entrega. O cliente irá fornecer o código do local de entrega e códigos dos produtos selecionados através das listas de preços obtidos através do PRICAT.
  • Então é enviada uma mensagem ORDRSP pelo fornecedor ao seu cliente informando o recebimento do pedido de compra, onde será aguardada sua confirmação ou o não aceite de toda ou parte da compra, ou até mesmo propondo emendas na compra. A mensagem ORDRSP também pode se utilizada para responder a uma mensagem ou alterar pedido de compra.
  • Uma mensagem ORDCHG pode ser enviada pelo cliente ou fornecedor para especificar detalhes de alterações dos pedidos de compras que foram enviados anteriormente através do ORDRSP. O cliente pode então solicitar alteração ou cancelamento de um ou mais itens.
  • O aviso DESADV é uma mensagem especificando detalhes de mercadorias despachadas, contendo informações sobre o conteúdo detalhado do carregamento, sob condições estabelecidas entre comprador e vendedor através de acordos comerciais. A mensagem informa ao cliente quais mercadorias e quando foram despachadas, permitindo que seja feito um recebimento planejado para receber e conferir as mercadorias e posteriormente enviar a confirmação do recebimento.
  • A mensagem INVOIC é enviada pelo fornecedor ao cliente solicitando o pagamento das mercadorias, sob condições estabelecidas nos acordos comerciais entre ambas as partes. Essas mensagens também podem ser qualificadas como nota de crédito e nota de débito.

Na seção seguinte, será apresentado como o setor calçadista troca mensagens eletrônicas e o fluxo da mensagem dentro da empresa, utilizando padrão de mensagem UN/EDIFACT e código de barras.

5.2.1 Mensagens Trocadas entre Fornecedor e Cliente

O procedimento de envio de uma mensagem EDI origina de uma necessidade do cliente, onde a partir da necessidade se exige que seja efetuada a compra de produto ou matéria-prima que posteriormente possa ser comercializado.

Segundo EANBRASIL (2004), os procedimentos comerciais entre os parceiros da cadeia de suprimentos estão acordados através de acordos firmados ente eles e, posteriormente só serão trocadas mensagens EDI fazendo solicitação de compra e venda de produtos. A figura 22, mostra o processo de troca de mensagem entre fornecedor e cliente, a figura abaixo ilustra cliente como sendo lojista.

Figura 22 — Mensagens EDI entre Indústria e Fornecedor

Fonte: (GOL, 2005 apud GIEHL, 2005)

As mensagens trocadas acima pelo setor calçadista são: a lista de preços PRICAT onde nela é enviada uma lista de produtos para a aceitação do cliente, em seguida o cliente devolve uma mensagem ORDERS, que pode ser à aceitação imediata do produto ou alguma alteração, posteriormente a aceitação pelo cliente o fornecedor envia uma fatura através do INVOIC, e por fim, o fornecedor envia uma mensagem DESADV, que informa ao cliente os dados do produto e detalhes para entrega.

Esse fluxo de mensagens será feito de forma automatizada pela ferramenta EDI dentro da organização. Segundo Jilovec (2004) as mensagens EDI e os códigos de barras GTIN e GLN possibilitam automatização. A EDI envia os dados dos produtos através do padrão UN/EDIFACT, como será mostrado no item 5.3, para o seu cliente informando os dados contidos na etiqueta EAN.UCC-128, que são legíveis para humanos.

O fluxo das mensagens recebidas pela EDI será automatizado por ela executando tarefas que estarão contidas nas mensagens recebidas. A figura 23 mostra passo a passo como as mensagens são interpretadas dentro da indústria através de um fluxograma.

Figura 23 — Fluxograma da mensagem EDI dentro da Indústria

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

5.3 ENVIO DE MENSAGEM EDI USANDO CÓDIGO DE BARRAS E UN/EDIFACT

Os códigos de barras ajudam o comércio automatizando o processo logístico, ligando a compra e entrega de produtos. Segundo Jilovec (2004) e EANBRASIL (2004), os códigos GTIN, SSCC e GLN, facilitam a troca de mensagens padronizada pela EDI, isso porque, códigos constitui a maneira mais eficiente de transmitir dados ou informações. O GTIN contém dados de informações do produto e o GLN contém informação de localização, utilizado para identificar empresas, já o SSCC permite a identificação de um conjunto de produtos embalados em caixas mistas.

Uma compra efetuada pelo cliente pode ser totalmente automatizada, utilizando EDI para fazer o envio de mensagem e os códigos de barras para controlar os produtos.

Segundo Jilovec (2004), a tecnologia dos códigos de barras é utilizada pelos comerciantes, para identificação dos produtos nas vendas e para facilitar o recebimento pelos clientes. A EDI e o código de barras não só automatiza a compra e entrega como também automatiza o processo de crédito e débito, através o envio de fatura eletrônica como mostra a figura 24.

O processo se inicia através do pedido de compra utilizando a mensagem EDI PRICAT e ORDERS, posteriormente é enviada a fatura através do INVOIC, e por fim a confirmação de envio que é enviada pelo DESADV. A partir daí o código de barras se integra com a EDI. Quando o produto é identificado com a etiqueta EAN.UCC-128, a indústria envia uma mensagem EDI, contendo os códigos SSCC, GTIN e GLN, informando todos os dados do pedido do cliente, facilitando no recebimento, figura 24 (EANBRASIL, 2004).

Figura 24 — Envio de mensagem EDI no padrão UN/EDIFACT através de código de barras

Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Jilovec (2004), para o cliente automatizar o processo de compra, é necessário a utilização de scanners ópticos que fazem a leitura de código de barras. Os scanners fazem a leitura do código de barras no recebimento dos produtos, fazendo a busca através dos códigos SSCC na mensagem EDI recebidas do fornecedor.

O resultado dessa operação gera uma fatura, que será transformada em uma mensagem no padrão UN/EDIFACT, como mostrado no capítulo 2 tabela 3, contendo dados da empresa, dos produtos e também os códigos de barras, gerando uma mensagem de texto ilustrada através da figura 25 ou XML (Extensible Markup Language) figura 26. A mensagem então é trocada entre os sistemas das empresas concluindo uma transação comercial (JILOVEC, 2004 e GIHEL, 2005).

Figura 25 — Envio de mensagem no formato texto

Fonte: (GIEHL, 2005)

Segundo Laudon e Laudon (2007), XML é uma linguagem de marcação utilizada para descrição de dados de texto a fim de descrever as propriedades dos dados. O XML ocorre na marcação de tags que se distinguem dos dados não marcados “<tag = “texto”> ou <tag> texto<tag/>”.

Portanto, Jilovec (2004) diz que uma mensagem EDI pode ser estruturada em XML utilizando tags, cada tag representará alguns dos procedimentos listados acima, como por exemplo:

Figura 26 — Mensagem XML

Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo Gol (2005), Grupo de Otimização Logística do Setor Calçadista, apresenta caso de logística dentro da Via Marte empresa calçadista Brasileira, onde mostram objetivos junto aos fornecedores, utilização de integração através de padrões UCC e resultados atingidos através dessa integração, resultados esses que são: reposição sob demanda, sistemas de identificação no padrão UCC e EDI para troca eletrônica de mensagens.

De acordo com Gol (2005) a Via Marte faz a integração com seus parceiros através do código de barras e EDI, com isso os resultados alcançados foram:

  • A redução do tempo de recebimento dos produtos em 1/3;
  • Redução dos erros entre ordem de compra a praticamente zero;
  • Redução do tempo de validação dos documentos de entrada originada pelo fornecedor;
  • Fechamento preciso dos pedidos na sua expedição;
  • Rastreamento desde a produção até o lojista;
  • Previsão sobre necessidade de produção futura.

Desta maneira a integração da EDI e o uso da tecnologia de código de barras trouxeram benefícios significantes, não somente diminuindo custos, mas também automatizando todo o processo logístico, não apenas pela utilização da troca eletrônica de mensagens EDI, mas também pelos padrões desenvolvidos pelas EANBRASIL, que é o padrão EAN.UCC, automatizando todo o processo logístico.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho mostrou uma visão geral sobre a EDI (Eletronic Data Interchange) entre os sistemas de informação. O objetivo foi expor que a aplicação da EDI em sistemas de informação possibilita a sua integração entre sistemas e tecnologias, trazendo maior agilidade, confiabilidade, redução de custos e integração com a cadeia de suprimentos.

Sendo a EDI o principal foco deste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica visando trazer informações importantes sobre o assunto, expondo a EDI como ferramenta que facilete o processo de comunicação entre a cadeia de suprimentos.

Dessa forma, a EDI exemplificou-se como ferramenta que facilita o processo de troca de mensagens entre empresas de uma cadeia de suprimentos, trazendo consigo vantagens que podem ser exploradas.

Este trabalho mostrou também que o uso da EDI é imprescindível para a integração eficiente entre empresas. Também expôs a necessidade de utilização de padrões para a troca de informações, evitando que com aumento dos parceiros comerciais e suas necessidades, possam gerar prejuízos para sua administração.

A EDI mostra-se como ferramenta bastante capaz para automatizar processos e diminuir custos.

Entretanto, este trabalho demonstrou que a aplicação da ferramenta EDI possibilita a integração de empresas em uma cadeia de suprimentos, automatizando o processo logístico e padronizando esses processos para serem trocados através de mensagens eletrônicas.

É possível afirmar que a utilização da EDI e tecnologias diminuam custos e tragam uma série de benefícios para empresa tais como: automatização do processo logístico, redução de estoque, reastreabilidade dos produtos, além disso, permite a indústria fazer projeções daquilo que será necessário produzir, de acordo com a troca contínua de mensagens antre ela e seus clientes.

Como perspectiva de trabalhos futuros pode-se relacionar:

Ampliar um estudo sobre a integração da EDI com a tecnologia de código de barras e RFID, exemplificando o conceito, arquitetura e benefícios.

Desenvolver um estudo da comunicação EDI através da internet utilizando VPN (Virtual Private Network) e XML (Extensible Markup Language). Mostrar também, quais os meios de comunicação, tipos e padrões de segurança. Até mesmo exemplificar um estudo comparativo entre VAN (Value Added Network) e VPN.

Apresentar estudos de casos de empresas que implantarão EDI e mostrar os resultados obtidos através da sua implantação.

Produzir um estudo sobre a relação da EDI entre e-procurement (Aquisição Eletrônica) e e-sourcing (Leilão Eletrônico).

Mostrar a utilização da EDI na implementação da NF-e (Nota Fiscal Eletrônica).

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Thiago Marsal Farias
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